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Violência e Abuso...NÃO!


A violência é cada vez maior no nosso mundo. Muita desta violência está à vista de todos: atos terroristas, bombas, lutas entre povos. Estas são causa de muitas mortes e dor. Mas a violência doméstica poderia ser chamada de “violência silenciosa”, pois fica dentro de casa e na maioria dos casos escondida durante muito tempo.


A violência doméstica pode causar muito dano físico, agressões na cabeça ou noutras partes do corpo, abortos ou até danos que impeçam a mulher de engravidar. E a violência sexual pode levar a doenças graves e/ou até ser infetada pelo vírus HIV/SIDA.

Se são os seus filhos a sofrer esta violência, podem perder peso e não terem um desenvolvimento normal, além de ficarem doentes com frequência.


Além destas ainda há as consequências sociais. A violência em casa ensina as crianças a serem violentas, encoraja-as à violência e a ser agressivas. Uma família onde há violência normalmente é infeliz e os membros dessa família também se recusam a falar do que se passa em casa.


Gostávamos de sugerir algumas ideias práticas que podem ajudar se é uma destas pessoas em sofrimento. A primeira ideia é sobre a sua segurança pessoal e da sua família.

- Se tens alguma preocupação em relação a essa segurança faz um plano para te ajudar no momento certo.

- Fala com um familiar ou amigo em quem possas confiar, para que te ajude a ficar num lugar seguro. Tenta sempre levar os teus filhos contigo.

- Fala com os serviços sociais ou com a policia se achas que são de confiança, de maneira a receberes ajuda.

- Verifica quais são as leis que te protegem dessa violência doméstica.

- Vê ainda na tua comunidade se há alguns serviços sociais que possas usar nessa situação. Poderás até encontrar advogados nesses serviços que te indicarão o caminho que deve seguir, sem custos.


É muito importante que as crianças vítimas de violência doméstica tenham um plano de segurança para que saibam o que fazer quando essa violência "explode".

Isto pode incluir:

· Avisar as crianças a não entrarem no conflito, e ficarem o mais longe possível.

· Decidir com antecedência sobre um lugar seguro para onde possam ir se sentirem que estão ameaçadas ou ainda ensiná-las a trancar as portas contra a pessoa violenta.

· Ensiná-las a usar números telefónicos de emergência.

· Mais uma vez, não é tua culpa que sofras essa violência e não tens que te sujeitar a ela.


 


Haverá algo mais constrangedor, mais vergonhoso, que saber que um ser humano é atacado por aqueles que deviam dar-lhe amor e cuidado?

Infelizmente esta é a vida de milhares de mulheres neste país e no mundo. É evidente que esta situação sempre existiu, sempre houve homens cruéis e mulheres passivas, que acham não haver outra saída.


Hoje o mundo não está mais fechado, tudo o que fazemos é visto, comentado e escrutinado por todos, por isso a violência doméstica parece maior e mais medonha.

Será que Deus se importa com este tipo de sofrimento? A Bíblia fala de pessoas aflitas, fracas, oprimidas, indefesas, humilhadas. É isto o que realmente sente uma mulher vítima deste tipo de violência.


Vamos examinar um bocadinho a definição de cada um das palavras que citei e que vêm referenciadas na Bíblia:


Aflitas: amedrontadas, deprimidas, oprimidas, desonradas.


Fracas: exaustas, em sofrimento, com dores, sem força.


Oprimidas: pressionadas, afligidas, esmagadas, levadas à ira, machucadas, desencorajadas.


Indefesas: fracas, necessitadas, pobres.


Humilhadas: deprimidas, rebaixadas.


A Bíblia também diz que temos que ser compassivos para com as pessoas que sofrem este tipo de experiências. Se conheces alguma mulher nestas condições, usa de compaixão para com ela, aconselhe-a, dá-lhe força, fica ao seu lado. Não podemos consertar tudo no mundo, mas podemos dar um grande contributo para que as coisas fiquem menos duras. Podemos aconselhar alguém mesmo quando não passámos pela experiência da violência, mas creio eu, que todas nós já nos sentimos envolvidas, em algum momento da nossa vida, pelas emoções que atrás descrevi.


A pressão que essas mulheres sofrem pode ser maior do que aquela que tu experimentaste, mas sabes o que é ser usada erradamente, traída, dececionada ou até abandonada. Trata essa mulher, a tua amiga como pessoa, não como vítima. Eleva esse padrão e trata essa mulher com amor, mostrando-lhe que possivelmente algumas situações na sua vida foram resultado de escolhas erradas, mas que Deus é capaz de soberanamente controlar todas as circunstâncias da nossa vida. Muitas vezes não entendemos por que as coisas acontecem, mas se acreditamos num Deus soberano, que está acima de qualquer experiência humana, podemos ter a certeza que no final, há um propósito para a vida dessa mulher afligida.


Para estas pessoas, a esperança é a única qualidade de vida que parece viável. Fragilidade, cinismo, desespero e depressão são os batimentos de um coração sem esperança. Vigor, força, coragem e confiança são as descrições de um coração curado e cheio de esperança. O teu trabalho, o meu trabalho, neste dia ao falar com mulheres abusadas, é investir na construção da esperança.


· Essa construção passa por dizer-lhes que não fiquem impacientes. As coisas nem sempre sucedem de um dia para o outro. Gostaríamos que marcassem pequenos alvos, atingíveis, a curto prazo, que vão mostrar-lhes que a vida delas pode realmente mudar.


· Essa construção passa ainda sobre ensinar estas mulheres que Deus é soberano. Se a nossa vida estivesse apenas dependente de pessoas injustas, onde estaríamos nós?

Saber que Deus é soberano e reina sobre os assuntos dos homens é a verdade mais segura e mais reconfortante a que podemos agarrar-nos. Deus permite muitos eventos na nossa vida de maneira a que nos aproximemos mais Dele e nos afastemos daquilo que nos aflige e apoquenta.


Uma mulher vítima de violência e abuso não é responsável pelo pecado dos outros contra ela, mas é responsável pela sua reação a esse pecado. Todos temos necessidade de perdão. Este assunto do perdão levaria um outro texto, porque é tão importante na nossa existência. Conceder perdão só é difícil se minimizarmos os nossos pecados e maximizarmos os pecados dos outros. Haverá mulheres abusadas no passado e agora mesmo, que nunca compreenderão a razão do seu sofrimento, mas quando encherem o seu coração de perdão e esperança, a vida terá uma página nova, uma página limpa para ser lida.


Texto: Sarah Catarino (extraído do programa "Violência Doméstica")

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