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Sementes de Esperança

Esperança para as mulheres de todo o mundo e através das gerações.

A luta contra as falsas crenças

  • Foto do escritor: Equipa RTM ME
    Equipa RTM ME
  • 30 de set.
  • 4 min de leitura
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Todos temos crenças.


Sejam elas boas ou más, elas fazem parte de nós e condicionam a forma como vivemos.


Muitas delas até podem parecer inofensivas, mas na verdade são limitantes. E outras por si só já são ameaçadoras, mas o costume perante elas já nos faz não querer mudar ou lutar contra.


Mas o que é uma crença?


Bem, de acordo com o dicionário de Língua Portuguesa, uma crença é uma "atitude de espírito de quem admite algo como verdadeiro". Envolve o ato de crer, de acreditar e ainda nos leva a uma convicção profunda.


Aqui está o primeiro alerta. Tudo pode contribuir para a forma em como estamos a levar a nossa vida.


As crenças (conscientes ou inconscientes) podem surgir do contexto familiar, cultural ou de experiências que temos ao longo da nossa vida. E, se não tomarmos cuidado, podem passar a ser verdades que levaremos até ao fim dos nossos dias e ainda transmiti-las às próximas gerações.


Por isso, a pergunta que faço é: o que andamos nós a pensar?

Tudo aquilo que pensamos irá refletir-se naquilo que iremos acreditar. E o perigo espreita exatamente aqui!


O seio familiar ou até o contexto cultural onde nos inserimos podem incutir-nos ideias limitantes que mais tarde podem levar anos a serem desprogramadas.


Talvez pelo medo de perder alguém ou algo. Pelo medo de abrir mão de tradições, ou pura e simplesmente, por medo do desconhecido. Aprender a reprogramar a nossa mente é uma tarefa árdua e que nos pode colocar em cheque com quem não está disposto a fazer o mesmo.


Mas, se há coisa que aprendi é não enfrentar as falsas crenças que os outros têm (e me tentam incutir ainda que muitas vezes com as melhores intenções) mas sim desviar-me totalmente destes padrões de pensamento.


Por favor, leva sempre em conta o facto de que família e amigos sempre o farão com as melhores das intenções. Então, lembra-te: nunca estejas contra as pessoas. Mas, posiciona-te contra a falsa crença.


Falo por experiência própria quando digo que é normal sentir resistência e até uma certa culpa por querer descartar uma forma de ser e pensar que persistiu na família por tantos anos.


Mas, diante de uma situação assim, eu encorajo-te a fazeres as seguintes perguntas:


  1. Está a colocar-me contra alguém? - porque se está, então está errado;

  2. Está contra a palavra de Deus? - se és cristão, a palavra de Deus é para levar a sério;

  3. Vai contra os bons princípios e valores? - porque se não, então abandona a ideia.


Fazendo estas 3 simples perguntas irá ajudar-te a teres um norte.


Aceitar certas crenças pode fazer-nos acreditar que esse é o verdadeiro modo de viver. E pode ser uma autêntica prisão.


Porque para além de estagnar a tua vida, não te permite desenvolveres quem Deus te criou para seres, nem chegar à plena compreensão disso.


Uma das grandes falsas crenças que eu tinha é que as mulheres não tinham espaço para opinião, não tinham voz, e que o ambiente que as cercava era de constante perigo. Assim como cheguei a acreditar que, se a minha avó e a minha mãe não tiveram bons homens, então quem era eu para querer alguém que fosse bom para mim?


Foi-me de tal maneira incutido que eu cheguei a submeter-me a um relacionamento abusivo por total carência e por achar que tudo o que acontecia dentro dele era aceitável (já que eu não conhecia outra realidade).


Com isto, não digo que não existiu a minha cota de responsabilidade - quem é que pode estar de forma saudável num relacionamento quando ainda nem sabe quem é e a carência é a única fonte que conhece?


Mesmo que já se tenham passado anos, a verdade é que só quando saí desse relacionamento me apercebi da quantidade de pensamentos deste género que cercavam a minha mente.


E, adivinha só…, todos errados!


Cresci num ambiente onde os abusos emocionais e físicos eram tão prevalentes que eu nem sempre soube reconhecê-los como errados ou fora do normal.


A minha mãe e avó, ambas mulheres cristãs, não pediram nem impediram tais tratos porque, genuinamente, sempre acreditaram no melhor lado dos seus companheiros e tiveram fé que poderia ser diferente. Mas, existe o outro lado… e eles também precisavam querer.


Tanto que, o meu avô acreditava com todas as suas forças que a melhor forma de estar num casamento era exercer força física, de forma abusiva, com esposa e filhos. Tudo isto porque viu o mesmo exemplo do pai, que o fez crer que isso era ser homem.


Mas, e agora o outro lado?

É a isto que uma mulher tem de se submeter?


Foi aqui que, novamente, Jesus me mostrou que eu precisava mudar toda a forma de pensar. Nunca indo contra as pessoas, mas contra o molde.


Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança em seu modo de pensar, a fim de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês.” - Romanos 12:2


Seja o que for que este mundo considere normal e aceitável, quando eu olho para Cristo é que eu vejo que é tudo menos normal ou aceitável.


Nunca será aceitável para Deus que uma mulher (ou homem ou criança) esteja debaixo do abuso de poder e autoridade de quem quer que seja. Onde é usada força física ou abuso psicológico.


O molde nunca será as opiniões das pessoas, nunca será a forma como executam poder e autoridade, e certamente nunca será a violência ou a colocação de medo contra qualquer ser humano.


Quanto mais eu olho para Cristo mais eu acredito em família, em relacionamentos saudáveis e que posso viver sem odiar os homens - como poderia eu odiar o que Deus abençoou?


Eu escolho acreditar no que é saudável, no que é verdadeiro e no que tem fundamento.


Vindo Dele, vem tudo o que é verdadeiro e agradável. E, mais importante, tudo o que é saudável.


Cá está… Deus sempre foi e sempre será um Pai saudável.


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Ana Margarida

Equipa RTM Mulheres de Esperança

 
 
 

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